Cuidados que você precisa ter com seu coração
Toda semana temos transmissões ao vivo na nossa página no Facebook do dr.consulta. É um bate papo super legal que acontece com diferentes médicos de diferentes especialidades.
Em homenagem ao mês do setembro vermelho o dr.consulta realizou uma transmissão ao vivo sobre cuidados com o coração com nosso cardiologista, Dr. Luis A. Saliba.
Confira e tire todas as suas dúvidas:
Esteja sempre em dia com a sua saúde, agende uma consulta com o Dr. Luis A. Saliba e se previna.
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Read MorePesquisa liga uso de tintura e alisamento a câncer de mama
Uma pesquisa publicada pelo International Journal of Cancer alerta que o uso contínuo de produtos químicos no cabelo – como tintas e cremes de alisamento – pode estar relacionado a um risco aumentado para câncer de mama.
O estudo acompanhou informações de cerca de 50 mil mulheres norte-americanas durante oito anos e, ao cruzar dados, revelou que, entre as que usaram tinta de cabelo, o risco de desenvolver a doença foi 9% maior em comparação com as que não usaram. Entre as que utilizaram alisantes com frequência – intervalos entre cinco e oito semanas –, o risco chegou a ser 30% superior. As integrantes do grupo pesquisado tinham idades entre 35 e 74 anos.
Os autores do trabalho alertam que os produtos químicos para cabelo são capazes de entrar na pele através do couro cabeludo ou serem inalados por meio dos vapores produzidos durante a aplicação. Os pesquisadores, do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, sugerem que evitar esses produtos “pode ser mais uma coisa que as mulheres podem fazer para reduzir o risco de câncer de mama“.
“Observamos um risco aumentado de câncer de mama associado ao uso de químicos para alisamento e tintura, especialmente entre mulheres negras. Os resultados sugerem que o uso desses produtos podem ter um papel importante no desenvolvimento da doença”, disseram em comunicado
Os resultados, obviamente, levantaram polêmica no mercado milionário de cosméticos. Emma Meredith, diretora-geral da Associação de Produtos de Higiene Pessoal e Perfumaria e farmacêutico do Reino Unido, disse: “Embora as novas informações sejam sempre cuidadosamente analisadas pelos cientistas da indústria, reguladores europeus e internacionais e submetidas à revisão por pares, sabemos que seu uso seguro é sustentado por uma riqueza de pesquisas científicas e legislação rigorosa.” (Com informações do Daily Mail)
Read MoreTrês exercícios de pilates para dormir melhor
Atividade física tanto pode estimular a energia, como ser indicada para problemas de sono. De fato, antes de dormir deve optar-se por exercícios de pouca intensidade, já que não queremos o metabolismo acelerado a essa hora.
O pilates ajuda à calma mental e é por isso bastante indicado para lidar com insônias ou outro tipo de problemas.
Primeiro exercício
Em primeiro lugar, sente-se de pernas flexionadas em direção ao peito e pés fora do chão. A coluna deve estar curvada em forma de C e as mãos atrás dos joelhos. Depois, expire e deixe rolar a coluna pelo solo sempre com o tronco a formar um C. Role para a frente até chegar à posição inicial, sem apoiar os pés no chão. Repita até seis vezes.
Segundo exercício
Coloque-se de barriga para cima, braços ao longo do tronco e pernas subidas e juntas. Depois, afaste a pélvis e a região lombar do solo com as pernas retas, apontando-as para o teto (use os braços contra o solo para apoiar na subida e suportar o corpo). Quando o peso do corpo estiver equilibrado sobre as omoplatas, role para baixo lentamente. Repita quatro vezes.
Terceiro exercício
Sentado com a coluna direita, pernas esticadas e afastadas ao nível da pelvis, estique os braços para a frente e alinhados com os ombros. Enrole a coluna para a frente em forma de C ao expirar, até esvaziar bem o peito e contrair cada vez mais o abdômen para dentro. Inspire e desenrole a coluna, uma vértebra de cada vez. Repita seis vezes.
Read MoreLeishmaniose: Entenda a doença e saiba como prevenir
Embora pouco conhecida em alguns grandes centros urbanos, a leishmaniose visceral é uma doença infecciosa grave, causada por um parasita transmitido ao humano por meio da picada de mosquitos. Segundo o Ministério da Saúde, só em 2017 foram 4.103 novos caso, com expressivo crescimento nas regiões Nordeste e Sudeste. O problema traz riscos à saúde humana e dos cães. O combate ao mosquito transmissor, uso de coleira antiparasitária e vacinação nos animais de estimação são as principais medidas preventivas a serem adotadas.
De evolução crônica, a leishmaniose visceral quando não tratada pode levar a óbito até 90% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde. A sua transmissão se dá a partir da picada do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis) infectado pelo protozoário Leishmania chagasi. Nas regiões urbanas o cachorro é o principal reservatório da doença, já que também pode ser picado pelo inseto.
Como prevenir?
Importante destacar que o cachorro não transmite a doença para os humanos. Marcio Barboza, gerente técnico Pet MSD Saúde Animal, explica que quando contaminado, o pet torna-se um reservatório do parasita. No entanto, um novo mosquito pode picá-lo e picar os humanos com quem convive, completando assim o ciclo de transmissão e infecção.
Quando contaminado, o animal pode adoecer e vir a óbito se não diagnosticado e tratado a tempo.
Para o especialista, medidas preventivas são essenciais e mais práticas que o tratamento depois da infecção, já que este exige um alto investimento financeiro e não traz a cura – apenas melhora os sintomas e diminui a carga parasitária. Além disso, o Brasil é o país com maior número de casos de pessoas infectadas em toda a América Latina, sendo por isso essencial a prevenção para evitar a proliferação da doença.
“O ideal é que, estando ou não em uma área endêmica, o cão seja protegido com a coleira antiparasitária, que costuma ter 98% de efetividade na proteção. A vacina também é indicada, mas possui uma eficácia ao redor de 70%”, afirma Marcio, que complementa “a limpeza do ambiente e abrigo do animal é também essencial para manter o mosquito afastado”.
O mosquito transmissor da doença tem preferência por locais ricos em matéria orgânica, plantas e árvores. Para aqueles que moram em ambientes mais arborizados, recomenda-se o uso de telas finas ao redor do abrigo do cão, mantendo-o nesse local durante o período do entardecer à noite, período que os mosquitos costumam atacar mais.
Diagnóstico
Entre os principais sintomas da doença nos animais estão a perda de peso repentina – mesmo sem a alteração de apetite -, pelagem falha e opaca, anemia, apatia, vômitos e diarreia.
Vale ressaltar que o diagnóstico não deve ser baseado em um único exame e o médico veterinário é o único profissional habilitado a fazê-lo, bem como para indicar terapia e cuidados preventivos adequados.
Notícias Ao Minuto
Read MoreHipertensão: doença afeta 24,7% da população que vive em capitais
24,7% da população que vive em capitais têm hipertensão. O dado de 2018 é da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas. Uma apuração feita pelo Ministério da Saúde, por meio de ligações telefônicas nas capitais do país e com maiores de 18 anos. Os idosos acima de 65 anos são os mais afetados. 60,9% dos entrevistados com essa idade disseram ter hipertensos. Olívia Medeiros, técnica da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, alerta que esta realidade preocupante.
“A hipertensão pode acarretar outros problemas de saúde. Está ligado a riscos de doenças do coração, a riscos do acidente vascular cerebral. E essas doenças que são decorrentes da hipertensão, especialmente a hipertensão não controlada, elas podem ter consequências muito ruins para a vida das pessoas, de diminuir a autonomia, deixar sequelas.”
Também conhecida como pressão alta, a hipertensão é uma doença crônica, que ocorre por causa dos altos níveis da pressão sanguínea nas artérias. Mas, ela pode ser prevenida com a prática regular de atividade física e uma alimentação baseada em alimentos in natura ou pouco processados, com baixa quantidade de sal, como explica Olívia Medeiros.
“Então à medida que a gente evita alimentos industrializados, a gente consegue ter uma alimentação saudável com mais facilidade. Esse é um fator importante”.
Em 2017, o Brasil registrou quase 142 mil mortes provocadas pela hipertensão ou outras doenças relacionadas a ela. Para saber mais sobre prevenção, acesse o Guia Alimentar para a População Brasileira, disponível no site do Ministério da Saúde. Ou confira a página temática saude.gov.br/hipertensao. ( Agência Rádio )
Read MoreA importância do vínculo afetivo para o desenvolvimento do bebê
Gestar e cuidar de um pequeno ser não é uma tarefa fácil. Nesses primeiros momentos da vida do bebê na família, há um estado de exacerbada sensibilidade entre os pais. E essa sensibilidade é pertinente, porque propicia entrar em uma particular conexão com o recém-nascido e facilita o entendimento sobre suas necessidades. A verdade é que os pais se tornam pais a partir da experiência que vão tecendo com a criança. Isso não se dá sem uma dose de desestabilização, mesmo para aqueles que já tiveram um filho. Durante esse exercício, é imprescindível contar com uma rede de apoio.
Apesar de os bebês chegarem ao mundo com um equipamento genético e maturacional, de certa forma eles nascem incompletos e dependentes do meio em que vivem. Por isso, durante algum período, precisam de cuidados de qualidade. Vale dizer que o prazer genuíno que a mãe sente ao se relacionar com seu filho provoca nele uma experiência semelhante – e é essencial para estabelecer uma troca afetiva de qualidade entre eles, fortalecendo, assim, seu vínculo.
Esse amparo é precioso não só para garantir a vida da criança, mas também para proporcionar a experiência de ela ser cuidada pelo outro. É a partir dessa relação que, gradativamente, a mente do bebê vai se constituindo, permitindo que ele desenvolva habilidades e mecanismos para lidar desafios futuros.
Tudo é percebido
O bebê se relaciona por meio de sutis manifestações, como o toque, o ritmo do corpo e a música presente na voz de quem cuida dele, além da atenção dada às suas necessidades afetivas. Assim, vão sendo impressas experiências fundamentais para a vida emocional da criança, que servirão para suas próximas vivências e aprendizagens.
Pois é: bem antes de compreender os conteúdos verbais do que lhe é dito e quais seus significados, o bebê entra em contato com um tipo de comunicação muito mais sensível, ligada aos afetos que são transmitidos e recebidos por ele. O pequeno também se desenvolve à medida que recebe auxílio na contenção de intensidades e sensações que envolvem as interações.
Em torno dessa base oferecida por uma presença constante e sensível – particularmente respeitosa em relação aos ritmos do bebê e da dupla mãe-bebê –, a criança poderá fazer uso de seu repertório herdado, conquistando os mais variados tipos de habilidades, como motoras, cognitivas, sociais e afetivo emocionais. Em paralelo, o bebê aprende a confiar e vai se formando um sujeito de fato, com todas as suas particularidades.
Com o estabelecimento gradativo desse vínculo de sustentação, pouco a pouco a criança terá condições de criar as sementes de sua própria capacidade de se cuidar, o que impactará em vários aspectos de sua vida para sempre.
*Cristiane da Silva Geraldo Folino é psicóloga e psicanalista e membro do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Read MoreSlime caseiro pode ser perigoso para as crianças
O slime é uma grande febre entre crianças e adolescentes. Trata-se de uma gosma gelatinosa colorida que pode ser comprada pronta nas lojas ou produzida em casa mesmo. Porém, especialistas alertam para os perigos escondidos no slime caseiro, cujo preparo é ensinado em vários vídeos na internet.
De acordo com o alergista e imunologista Nelson Guilherme Bastos Cordeiro, do Departamento Científico de Dermatite Atópica e de Contato da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), o slime feito no próprio lar tem potencial de provocar queimaduras, irritação nos olhos e alergias.
Cordeiro conta que existem alguns elementos básicos usados para fabricar o brinquedo: bicarbonato de sódio, ácido bórico, borato de sódio (conhecido como bórax), cola branca ou de isopor e corantes. Além disso, dá para adicionar espuma de barbear, xampu e sabão em pó. O grande problema é que não há padronização da quantidade desses componentes.
“A mistura de bicarbonato de sódio e bórax causa queimadura em pacientes mais sensíveis quando há exposição prolongada”, alerta Cordeiro. Outras substâncias também ameaçam a pele dos pequenos. “O xampu e a espuma de barbear apresentam um composto chamado metilisotiazolinona. Ele pode gerar dermatite de contato alérgica”, explica o médico.
Essas reações são facilitadas pelo fato de a pele das crianças ser mais sensível. O membro da Asbai lembra que nem todo mundo sofrerá com esses efeitos adversos, claro, mas ainda assim contraindica preparar o slime em casa. “A versão da indústria já foi testada, medida e balanceada”, observa.
E se pintar uma reação alérgica? “Lave a área com água corrente ou soro gelado e procure um médico”, orienta o especialista.
Read MoreAsma é um problema sério, mas brasileiros desconhecem seus riscos
Ainda que afete cerca de 20 milhões de cidadãos, seja a quarta causa de internação no país e todo ano leve à morte 2 mil pessoas, a asma não é encarada exatamente como um problema sério por aqui — sobretudo entre aqueles que não convivem com a doença por trás de falta de ar, tosse e chiado no peito.
Esse é um dos principais achados da pesquisa A Asma na Visão e na Vida dos Brasileiros, iniciativa da revista SAÚDE, da área de Inteligência de Mercado do Grupo Abril e da biofarmacêutica AstraZeneca, com o apoio da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e da Fundação ProAr.
O levantamento contempla dados e respostas de 1 810 adultos de diferentes faixas etárias, representando todas as regiões do Brasil. Realizado via internet, traz percepções e equívocos do público em geral, assim como retrata o relativo desconhecimento sobre o tema mesmo entre os indivíduos com asma.
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
“Não enxergar a gravidade da doença é um ponto crítico, afinal ela mata brasileiros todos os dias”, avalia o médico alergista Flávio Sano, presidente da Asbai. “O paciente precisa ser orientado desde o diagnóstico para entender que se trata de uma condição inflamatória crônica, ou seja, que requer tratamento prolongado”, defende.
Essa conscientização é um fator-chave para domar a asma e não perder qualidade de vida. “Num paralelo com quem sofre de hipertensão, quando a medicação faz efeito e a pressão fica normal, a pessoa não pode achar que deixou de ser hipertensa”, compara o pneumologista José Eduardo Cançado, da SBPT. “Da mesma forma, alguém com asma, num período de ausência de crise, com respiração normal, não deve negligenciar as recomendações médicas, sob pena de ver os sintomas voltarem”, alerta.
Aliás, manifestações típicas da asma e de outros problemas respiratórios, como tosse e chiado, foram relatados por 42% dos 1 600 respondentes não diagnosticados com a doença. E o que preocupa é que metade desse grupo nem sequer procurou um serviço de saúde para checar a razão dos incômodos.
A demora para o diagnóstico correto é um entrave até mesmo para quem vai atrás do médico: 70% dos 210 portadores de asma foram informados de que tinham outra enfermidade antes de se bater o martelo sobre a presença da condição. “Uma das confusões comuns é ligar a falta de fôlego e a tosse à bronquite, que é uma inflamação mais geral nos brônquios”, explica o pneumologista Álvaro Cruz, da Fundação ProAr.
“A asma é mais específica, com certo padrão de recorrência e, na maior parte das vezes, associada à alergia”, esclarece. Nesses casos, a hipersensibilidade do aparelho respiratório leva a uma contração dos músculos em torno dos brônquios, causando a sensação de opressão no peito e respiração ofegante.
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
Outro ponto que chama a atenção na pesquisa é o fato de 40% dos respondentes com asma revelarem nunca ter se submetido a uma prova de função pulmonar, a espirometria, capaz de constatar obstruções nas vias que levam o ar aos pulmões. Esse teste é especialmente indicado para investigar a fundo as formas mais graves da asma, quando não há resposta às medicações. A bem da verdade, 15% desse público nem ao menos passou por uma radiografia do tórax, refletindo, assim, a subutilização de exames cruciais para o monitoramento do quadro e a prescrição de um plano terapêutico.
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
De acordo com Cruz, o sucesso do tratamento depende da identificação correta do tipo de asma. “Estamos falando de uma doença heterogênea, com predominância de manifestações na infância e de características alérgicas. Mas há também aquelas em que não se detecta nenhuma alergia e outros casos associados à obesidade”, conta o especialista.
Além disso, a frequência das crises — se elas se manifestam de forma contínua ou dão as caras algumas vezes ao longo do ano — também influencia as decisões para o controle do problema.
As consequências da falta de informação sobre asma
As lacunas de conhecimento sobre a asma fazem com que mais da metade dos respondentes sem a doença declare não saber sequer reconhecer uma crise. E boa parcela desse público tampouco tem ideia de que providências tomar diante de uma emergência do tipo — situação na qual, recomendam os experts, a pessoa tem que ser acalmada, ficar numa posição confortável e fazer uso de seu medicamento broncodilatador, a popular bombinha, até ser levada ao pronto-socorro mais próximo.
É também por desconhecimento que a prática de exercícios não é identificada por 34% do grupo com asma como fator de proteção contra a enfermidade. “A criança com esse problema muitas vezes é estigmatizada e deixada de lado nas aulas de educação física”, observa Cançado.
“Isso é um erro porque, com a doença sob controle, a atividade física amplia a capacidade respiratória. Não por acaso há pessoas que sofreram com crises de asma na infância, trataram, incluíram o exercício na vida e hoje são atletas de alta performance”, ilustra o médico.
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
A pesquisa aponta, ainda, que 73% dos pacientes admitem não seguir todas as recomendações dadas em consultório. E isso, por sua vez, pode ajudar a entender outro achado perturbador: seis em cada dez dos participantes com asma foram internados devido a complicações no quadro em algum momento da vida — e 22% deles passaram um período no hospital no mínimo sete vezes.
Não para por aí: mais da metade desse grupo teve que recorrer a pelo menos uma consulta médica de urgência no último ano. “Essas pessoas estão tratando os sintomas, mas não a doença”, interpreta Cruz.
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
O curioso é que, apesar do cenário alarmante, 67% dos pacientes acreditam estar com a doença controlada. “Alguns têm a percepção de que o problema só existe quando percebem os brônquios fechando”, nota Cançado. “Aí, quando saem da crise e sentem o alívio, julgam, erroneamente, ter tudo sob controle”, alerta.
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
Como andam o tratamento e o caminho para o controle da doença
O alergista Flávio Sano destaca outro dado que pode ser ligado à alta taxa de hospitalização: 47% das pessoas com asma relatam não fazer uso regular de medicações para prevenir as crises. O preço dos remédios, bem como sua disponibilidade nos postos de saúde, é uma das barreiras apontadas para a falta de adesão aos medicamentos.
Mas Sano visualiza outra explicação: “Algumas pessoas ficam tão acostumadas às limitações impostas pela doença que acabam relaxando e não investem no tratamento”. É preciso vencer a inércia. Seguir o plano do médico como manda o figurino só agregará qualidade de vida.
O manejo da asma envolve duas classes de fármacos, utilizados por dispositivos inalatórios (as bombinhas). “A base é o uso de anti-inflamatório de manutenção, com corticoide. Como são inalados, esses medicamentos chegam direto à parede dos pulmões e têm poucos efeitos colaterais”, ensina Cançado. “A bombinha com broncodilatador, por sua vez, é prescrita para as crises, ou seja, busca alivar os sintomas”, diferencia.
Cançado lamenta, porém, que, no Brasil, as pessoas tendem a abusar desse segundo tipo. “Aí tem gente que passa mal e acusa a bombinha de ser ineficiente e incômoda. Até entre profissionais de saúde ocorre esse equívoco”, revela. Para a equação do tratamento ter um saldo positivo, o paciente deveria aderir mais a medicações e atitudes que previnem as crises.
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
(Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
Se quisermos zerar a mortalidade associada às crises de asma, a exemplo do que já ocorre em países como a Finlândia, a estratégia inclui disseminar conhecimento com campanhas de esclarecimento e conscientizar o paciente nas tomadas de decisão. “Uma coisa é certa: quem precisa ir duas ou três vezes no ano ao pronto-socorro está colocando a vida em risco. Temos de mudar essa cultura”, afirma Cruz.
A mudança passa por informar direito a população, capacitar melhor os profissionais da área e engajar pacientes e família. Exige fôlego, sim, mas é o único caminho para botar a asma no devido controle.
Read MoreGestantes devem redobrar cuidados contra H1N1
A gripe H1N1 voltou antes do previsto e com mais força. Conhecida popularmente também como gripe suína, é de extrema importância que as grávidas se vacinem contra o vírus, pois são um dos grupos de risco e é preciso evitar problemas de saúde para ela e para o bebê.
Entre os sintomas, que são bem parecidos com a gripe comum, estão febre superior a 38ºC, dores de cabeça, coriza, cansaço, arrepios, diarreia, dores musculares e nas articulações e tosse.
As gestantes são consideradas um grupo de alto risco para infecção, pois durante a gravidez a imunidade da mulher à algumas infecções diminui com o objetivo de não deixar o corpo rejeitar o bebê. “Os perigos mais graves relacionados com a doença podem incluir trabalho de parto prematuro e pneumonia. Além disso, a ameaça é ainda maior para aquelas que sofrem de problemas respiratórios prévios à gestação, como asma e bronquite, porque o sistema respiratório já está debilitado”, alerta a ginecologista e obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler.
As formas de transmissão podem ocorrer por meio das gotinhas de saliva que são expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O contágio pelo contato de mãos ou objetos contaminados também implicam em uma rápida via de transmissão do vírus.Por isso, as futuras mamães devem estar atentas à alguns cuidados especiais.
“O governo brasileiro tem fornecido gratuitamente nos postos de saúde a vacina contra o vírus influenza A H1N1 para garantir a proteção de todas as gestantes. Entretanto, outras atitudes como lavar as mãos frequentemente, evitar locais com aglomeração de pessoas, evitar mexer nos olhos, boca e nariz com as mãos e não compartilhar objetos pessoais como copos e talheres também ajudam a evitar a contaminação”, finaliza a especialista.
Read MoreComo evitar a perda de massa muscular causada pela idade: Tomate + maçã
Um dos principais fatores que produzem limitações físicas na pessoa que vai envelhecendo é a redução generalizada de massa muscular. Este fenômeno ocorre por atrofia e por redução do número de fibras musculares (processo este chamado de sarcopenia) e é responsável pela perda de força na musculatura esquelética (aquela responsável pelos movimentos voluntários do corpo) o que por sua vez leva a problemas de equilíbrio e quedas. Apesar de pouco perceptível em adultos mais jovens, este processo tem início entre os 30 e 40 anos de idade. Nas duas ou três décadas seguintes a força continua a diminuir e a musculatura vai atrofiando. A qualidade de vida vai diminuindo proporcionalmente.
Este tema vem ganhando maior interesse nos últimos anos devido ao aumento da expectativa média de vida da população com o consequente crescimento da proporção de idosos. Algumas estratégias têm sido utilizadas para diminuir o efeito do envelhecimento sobre a massa muscular, como a prática de exercícios contra resistência (como a musculação) e abordagens nutricionais. No entanto, pouco se sabe sobre os mecanismos moleculares que produzem a fraqueza e a atrofia muscular da idade, principalmente por ser um processo crônico e cumulativo, ao contrário das atrofias agudas produzidas por jejum, doenças sistêmicas ou ausência de atividade da musculatura.
Uma nova contribuição foi dada recentemente para o entendimento deste processo com a publicação de resultados de uma pesquisa na revista científica Journal of Biological Chemistry. Um grupo de cientistas investigou, em um modelo animal, os mecanismos moleculares da fraqueza e atrofia muscular da idade e possíveis intervenções sobre estas condições. Para isto utilizou dois compostos encontrados na natureza que estimulam a síntese proteica em cultura de fibras musculares, o ácido ursólico, presente na maçã, e a tomatidina, presente no tomate verde (a maior concentração está na casca destas frutas). Estes compostos foram adicionados na ração de camundongos velhos por dois meses. Após este período foi feita a avaliação da massa e da força muscular comparando os animais que receberam os compostos na dieta com os que não receberam.
Os resultados demonstram que os animais que receberam os compostos reverteram tanto a atrofia quanto a fraqueza muscular produzidas pela idade. Um dos mecanismos propostos pelos pesquisadores é a ação dessas substâncias inibindo um fator de transcrição (ATF4) que seria um dos responsáveis pela redução da massa muscular.
Este estudo, além de esclarecer alguns aspectos envolvidos com a atrofia muscular da idade, fornece subsídios para a prevenção e o tratamento desta condição.
Enquanto aguardamos novos estudos em humanos que comprovem esta possibilidade, não custa nada comermos uma maçã e um tomate verde após a musculação!
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